domingo, 18 de dezembro de 2011

Marcha fúnebre pra dialética!

É o que aparenta: a dialética está morta! E o pior, não decorreu de causa natural, foi assassinada por um projeto iniciado ainda na Idade Moderna.

As conseqüências foram – e têm sido – nefastas.

A arma utilizada para que o crime se perfizesse foi o processo de racionalização, e de racionalidade. É engraçado notar como a razão ganhou ênfase nos tempos iluministas, e como o ser humano foi se afastando, mais e mais, da semântica do mito, do transcendental, do mistério da vida, de tudo aquilo que é inexplicável.
Vejam o índio como interage com sua espiritualidade de forma muito mais plena. Ao debruçar-se sobre o rio para tomar seus goles de água, o indígena bebe da própria fonte divina que o sustenta, um encontro direto com Tupã, um momento tanto profundo quanto sagrado.

Ora, quem aí, nesse mundo globalizado maluco, ainda observa a semântica do sagrado no cotidiano? A religião pós-moderna ocidental, muitas vezes, serve tão mais para instituir práticas racionais do que para instigar o homem a encontrar-se com sua própria divindade. Em vez de enriquecer o fiel com a riqueza da infinidade, finda por reduzi-lo à suposta compreensão do divino, que, aliás, é impossível de ser compreendido.

Talvez, no plano prático, a maior implicação negativa desse processo tenha sido o isolamento das ciências do saber. O Direito não conversa mais com a sociologia. A física também pouco se interessa pela filosofia. A medicina sequer lembra que existem outros conhecimentos! Mal sabe ela que, se namorasse a psicologia, os filhos sairiam belos...

Sem a força da dialética, do diálogo produtivo, o que vem ocorrendo é a formação de estruturas tanto estanques quanto alienantes, que irão circunscrever uma população inábil na prática de um exercício tão vital: questionar.

Analisemos as instituições em que vivemos. Nesse contexto, impossível ignorar o legado de Foucault, que traz a denominação de “Instituições Totais”, ou “Instituições de Sequestro”. Explico a epígrafe: as instituições teriam, segundo essa perspectiva, o condão de seqüestrar a subjetividade do indivíduo, maquinificá-lo – com o perdão do neologismo - por meio de sua normalização, de sua padronização.

Esse conceito, na verdade, é de facílima constatação, a não ser para aqueles que já estão tão instrumentalizados pelos métodos dessas instituições, que não conseguem enxergar muito além do que lhes é aparente. O exército, a Igreja, as prisões e manicômios, as escolas. Nesses ambientes, o indivíduo é forçado, cotidianamente, pelo viés inquisitivo do hábito, numa cruel demonstração do poder da psicologia comportamental, a se abster de seus instintos e vontades íntimas para agir apenas e tão somente como ser grupal.

O cidadão fica tão bitolado na coesão da instituição em que está inserido que para de falar por si, absorve o discurso da estrutura que o envolve, e passa a agir emparelhado com os demais indivíduos que se encontram sob a égide institucional. Todos estão sofrendo a mesma mecanização. Sua subjetividade vai sendo, gradativamente, seqüestrada, para ser substituída por valores que aqueles que estão no comando decidem.

A produção de dogmas dentro desses locais opera em apenas um sentido: rechaçar a reflexão, a criatividade, o plural e, por conseguinte, a generosidade, solidariedade, o humanismo. A reprodução, contudo, ganha ênfase. Seres humanos passam, dessa feita, a agir como robotizados, processando as informações fornecidas e repassando-as como computadores, sem assimilação, sem contestação, sem agregação e elaboração das idéias. São preteridos do que possuem de mais sagrado: a sua humanidade, sua auto-intimidade.

Não é preciso nem comentar que perpassam pelas instituições sociais uma gama de relações de poder extremamente arbitrárias, arquitetantes de um cenário de injustiça, desigualdade e violência. Pra quem não crê, basta ver o filme [http://www.youtube.com/watch?v=250SbsLrr74], baseado num experimento real feito na Universidade de Stanford, em 1971, para provar que o ambiente das instituições totais tende a corromper-se em um contexto de violência desregrada.

A dialética, todavia, amigos, morre em virtude de uma finalidade.

Para munir a arma do crime, trouxeram à baila o tal do discurso! Esse foi, ao longo do tempo, potencializando-se, transformando-se e mudando sua feição, até incorporar outros termos, tornando-se o discurso da Verdade, ou melhor, o discurso científico.

O discurso científico se mascara de neutro, toma posse da Verdade e atravessa as relações sociais produzindo realidades menos coerentes que funcionais para a lógica da racionalização. Geralmente, ele é amplamente utilizado pela mídia, pra moldar o pensamento da população. Mas há uma coisa que ninguém diz: nenhum discurso é neutro! Vamos tentar provar com um dos ramos menos problematizados do mundo, a ciência médica.

Pasmem! Até ela está pautada em interesses econômicos. Duvidam? Vejam isso [http://www.youtube.com/watch?v=H4bhwgXsbzA], e pensem comigo... Sou dono da Bayer e vou patrocinar um congresso para discutir a cura pra dor crônica nas juntas externas [?!]. Reflitam: a solução a ser dada para esse caso clínico vai ser diferente daquela que, no final, vai indicar que a cura está no remédio produzido pela minha empresa? Espero que não estejamos, a essa altura, nesse grau de ingenuidade. Não existe neutralidade nem para o estudo de curas, a venda de remédios e tratamentos também se encontra eivada de interesses econômicos das grandes farmacêuticas do mundo.

O problema é que as pessoas acreditam no discurso científico, sequer concebem outra hipótese. Esquecem que, na verdade, o mundo é feito de mil possibilidades, e que há coisas entre o céu e a terra que os cientistas não dão conta de explicar. O incerto é inerente ao humano. É, no entanto, e, provavelmente, o medo da incerteza que nos leva a se apegar tanto em qualquer discursinho politicamente produzido, não raramente confeccionado a partir de intenções espúrias, sejam econômicas ou políticas.

A segurança jurídica, a ressocialização dos presidiários, a cura dos “loucos” através das práticas de dor, a libertação divina por meio das indulgências, até o método de provas no ensino da escola! Todas são sustentadas por falácias e estão carregadas de valor ideológico segregacionista.

Falta, contudo, uma incógnita a ser desvendada nessa equação. Quem diabos matou a dialética?

Ora, o poder dominante! E quem é o poder dominante? Se o sistema é do capital, só podem ser os donos do capital, os mesmos engenheiros dessa lógica piramidal que vivemos, em que os ideais irradiam do topo até a base, escondendo e camuflando informações importantes enquanto trajetam seu caminho descendente. Tudo por uma razão: dominação.

Mega empresários, donos de banco, políticos, diretores dos centros de ensino, donos dos canais midiáticos, todos coligados. De fato, as elites, dominadoras dos centros de informação, não querem seu poder contestado. Quem começou a falar disso a nível global foi um tal de Karl Marx. Por isso, mais um discurso vem à tona para coagir a sociedade – que é mal informada e acrítica - a pensar de uma determinada forma. É o que eu chamo, nos meus devaneios, de Princípio da Coação Social.
Vou destrinchar melhor.

Digamos que uma grande empresa queira implantar um chip na sua pele que guarde todas informações de identidade e que possa te rastrear instantaneamente, mas sua implantação será muito lucrativa. A priori, um grande ferimento a uma série de princípios constitucionais, liberdade e privacidade são os primeiros que vem à mente. É evidente, ninguém vai querer apoiar uma ideia que cerceia garantias asseguradas em nossa Carta Magna. Por isso é que o empresário vai pedir a seus parceiros da mídia que divulguem, massificamente, notícias de desgraça e, mormente, de violência. Se possível, envolvendo alguma classe miserável no estigma de “o mal a ser combatido”, de inimigo da boa sociedade, sempre no intuito de gerar medo nos cidadãos. Criam, dessa maneira, um clima de caos que dará azo à implementação da política do terror.

Pronto. A população está prontinha para ser convencida de que deve abrir mão de seus direitos para sua própria “segurança”. Em nome de uma falsa sensação de proteção, abdica daquilo que tão arduamente conquistou no transcorrer da história, os direitos humanos, uma vez que permite que os direitos desse suposto “inimigo” sejam desconsiderados. Mal sabem que, ao incorrer nessa dinâmica, enfraquecem indiretamente seus próprios direitos.

Então vamos finalizar.

Sabe o que é pior em tudo isso? É que em meio a tanta desinformação e manipulação do imaginário social para inserção das verdades e vontades da elite, aqueles que se insurgem contra essa suposta ordem, que de ordenada não tem um pingo, são logo classificados como loucos, maconheiros e até românticos! Geralmente, esse grupo é formado por pessoas ligadas à universidade, sobretudo nos cursos menos elitizados e futilizados.

Para esses? As agruras da violência policial e a famigeração pela mídia - alguma ligação com os últimos acontecimentos na USP? -.

Sintetizando: o processo de racionalização gera desumanização, injustiça, violência e alienação, ao passo em que excomunga a criatividade, a generosidade, a espiritualidade, o conhecimento.

A criatividade, meus caros, é proporcionada pelo exercício dialético e fortalece a capacidade critica do sujeito, que, por isso, irá contestar certas práticas com as quais, por ventura, discorde. E eu vos garanto, nada disso é interessante para quem está nos altos cargos de comando social.

Tá na hora de acordar, galera, pro que tá lá detrás das cortinas. Aceitar menos e perguntar mais. Vou repetir: D I A L É T I C A! Precisamos resgatá-la!

12 comentários:

  1. Antes de mais nada, sensacional o texto.
    É triste saber que essa é a realidade, em que as pessoas aceitam cegamente essa "verdade" proferida pela mídia sem o mínimo questionamento, ou sem procurar outras fontes de informação, o que contribui significativamente para este processo de padronização, semeando vontades que as pessoas não têm e "elegendo" o inimigo (política do terror) como se esse fosse o maior problema da humanidade, tirando a responsabilidade das elites, quando na verdade são as elites as maiores responsáveis devido a essa alta concentração de renda e a grande busca por poder, sem observar o próximo.
    É como você falou no final do texto, devemos aceitar menos e perguntar mais.

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  2. ‎Artú Macedo, ótima reflexão! Devemos clamar pela ressurreição da dialética em nossa sociedade. Mas infelizmente os que se propõem a exercer o pensamento crítico, são estigmatizados pela elite dominante e isso não é evidenciado, pois não está oculto e só quem realmente enxergará é quem se propõe a ler as mensagens subliminares, a ler nas entrelinhas, ou seja, quem está disposto à dialética. A propósito, acresço que a dialética tende à mortandade até nos cursos de Direito, pois as matérias que antigamente faziam parte da grade curricular, tais como análise do discurso e outras matérias propedêuticas tendem a ser eliminadas justamente para não incitar a dialética. Por fim, os cursos de Direito hoje preferem a dogmática em detrimento da zetética. Por que será? Para tornar o povo acrítico e passivo e refém do pensamento da classe dominante. Vamos à luta!

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  3. onde se lê não está oculto, leia-se "[...]está oculto"

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  4. Cara, minha opinião quanto ao texto se resume (i) a um trecho de música (a música toda na verdade) e (ii) a uma frase de uma antiga professora:

    A professora dizia: "É tudo culpa da Revolução Industrial..."

    A música (3 do Plural - Engenheiros do Hawaii) diz:

    "Vender, comprar, vendar os olhos
    Jogar a rede... contra a parede
    Querem te deixar com sede
    Não querem te deixar pensar
    Quem são eles?
    Quem eles pensam que são?"

    OBS: Discordo, em partes:

    "A produção de dogmas dentro desses locais opera em apenas um sentido: rechaçar a reflexão, a criatividade, o plural e, por conseguinte, a generosidade, solidariedade, o humanismo."

    Acho que algumas instituições encontram-se perfeitamente enquadradas nos dois momentos da oração (antes e após o termo "por conseguinte"); outras, por outro lado, enquadram-se, tão somente, no momento anterior à citada expressão: ora, pois, tudo bem dizer que a Igreja, exemplo,
    rechaça a reflexão, crítica, porque incentiva a acrítica/dogmatizada/restrita, mas dizer que ela, por causa daquela postura de restrição, culmina no incentivo da ausência de generosidade e solidariedade, ao meu ver, pelo menos numa análise bastante genérica(evidente que uma ou outra forma religiosa pode se excluir dessa ideia), não coaduna com a realidade.

    Faço tal afirmativa mesmo sabendo que no discurso religioso, via de regra, inexiste dialética, mas se passarmos a crer que, também as instituições religiosas, não pregam solidariedade porque os seus ensinamentos limitam o pensar de seus seguidores... acredito que teremos o fim dos tempos e não só da dialética...

    Na minha opinião, tudo, absolutamente tudo, na vida é questão de perspectiva, ou seja, a ausência e a presença da dialética só culminará na morte do pensar consciente se o ouvinte não possuir, em seus ouvidos/coração/cérebro/sangue, a perspectiva crítica, a sagacidade para aprender o que lhe parece útil e discutir o que lhe parece inútil, errado, distorcido... vide, a exemplo, você: membro da sociedade que matou a dialética ou que a mata dia a dia, mas, ainda assim, detentor de pensamento crítico e de capacidade de produzir textos retóricos e, até por isso, dialéticos (o mesmo se estende aos seus leitores, principalmente àqueles que apresentam críticas, sejam elas apoiando ou discordando do seus textos, pois apenas dizer "está bom", mostra, à luz do seu texto, que já entraram no que você, parafraseando, Foucault, chama de "Instituições Totais").

    Parabéns pelo texto.

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  5. Ótimo texto como sempre Sr. Arthur Macedo, impressionante como sua escrita melhorou consideravelmente! Uma ótima análise sobre as instituições e o esquecimento dos valores transcedentais que alimentam a alma. Parabéns

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  6. O duro é que a elite dominante não da conta de toda problemática humana. E quando alguma acidente de percurso ocorre surpreendendo as massas, ela não paga a fatura, mas sim, o povo.
    Ainda bem que os jovens, a elite pensante, está sempre disposta a colocar o assunto na mesa abrindo o tema para discursos ousados propando novas idéias. Então, a dialética não morre. Renasce das cinzas.
    Quem podia imaginar que esta acontecendo atualmente na Europa. E quem paga é o povo, que aceitou idéias do grupo dominante. Quem paga é o jovem, que superespacializou em saberes, e hoje nem emprego tem.
    Um novo fenômeno está ocorrendo no mundo que me assusta. O euro está enfraquecido. Da europa de onde veio tantas idéias eu fico com um pensamento: Liberdade e Igualdade, não existem sem Fraternidade.
    Seu texto está atual como nunca! Jovens como vc, mais uma vez, são convidados a tirar o mundo do buraco, com uma dialética mais humana que favoreça a muitos.
    Se o bem estar social está ameaçado na europa, imagina por aqui, que nunca foi uma conquista plena.
    Seu texto traz verdades à tona do discurso desconstruído. Até mesmo cientistas que parecem desejar salvar a humanidade de doenças, são vendidos para o lucro desmedido, que muitas vezes, ao contrário de curar, mata.

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  7. escrita desnecessariamente pomposa.

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  8. foque nas ideias, meu caro, não nas palavras.

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  9. Muito lúcida a reflexão. Bem articulada, e ao contrário do que propõe a pós-modernidade, se demora, com o generoso objetivo de ser experimentada.

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  10. Muito boa reflexão Artú. A grande questão que perpassa essa análise são dois pontos ao meu ver: a "dialética" e a "verdade".

    Para falar de verdade não tem como fugir da figura do discurso. O discurso como sabemos está em todos os ramos do conhecimento e ele tem como essencia a propria linguagem tanto escrita como não escrita. Um exemplo de discurso, para ilustrarmos melhor, temos o discurso científico que ganhou grande valorização nos dias atuais, e tem como caracteristica, que você mesmo disse, a neutralidade(que sabemos que não existe). A neutralidade para esse tipo de discurso só é conseguida através da descrição objetiva e impessoal de uma realidade, que procura ser o mais veróssímel possível. Até aí tudo bem...

    Porém há uma coisa que realmente pouco se fala: são poucas as verdades! Para Nietch e para Foucault verdades são criadas, o conhecimento é criado! Que são as artes, a música, a literatura senão conhecimentos, linguagens?! Ora se são criados pelo homem, é possível que o que pensamos serem verdades possam não ser verdades como imaginamos que fossem...

    Aí que vem o perigo do discurso científico, que pode ser utilizado como ferramenta de produção de "verdades". E quando produzimos verdades é de costume aceitar passivamente elas, sem reflexão, sem crítica...; ora, pensaria um desatento: "porque questioná-las se são verdades, se é retira da observação da natureza?!"

    Nesse sentido, podemos falar que a verdade e o discurso se relaciona intimamente com o PODER. Não difícil concordar que quem possui PODER dita as verdades e quem dita as verdades não possui o PODER? E onde são produzidas as verdades?! - Nas instituições claro! E quem as reproduzem?! - Nós mesmos!

    E é impressionante como reproduzimos as verdades, e seu lado reflexo que é o PODER... este nada mais é que transmitido a todo tempo por nós mesmos... é o que diria Foucault em " A microfísica do Poder" - aquele poder micro, sutil, quase invisível que é transmitido pelos nossos próprios discurso contidianos.

    Porém se nós somos os reprodutores do PODER, através do discurso que nós reproduzimos como sendo verdades, qual seria então o caminho sensato? - O questionamento: a dialética - a negação da negação, o constante debate que culmina com a queda das máscaras, dos discursos mal-intencionados, aquilo que derruba as verdades criadas e traz a tona o sábio provérbio popular "a verdade é nua e crua"- a verdadeira verdade não tem o que esconder, ela até choca, mais permite o recomeço,a aprendizagem!

    Por isso, realmente o que falta hoje em dia é o debate, é a dialética, é a criatividade, é o protesto! Só assim é possível construirmos um novo caminho mais justo e sensato!

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  11. Para começar, parabens pelo texto! valeu a espera desde quando voce me falou que escreveria sobre o assunto.
    Voce trouxe uma visao que eu concordo plenamente e que acho lamentavel que algumas pessoas não consigam enxergar como a falta da dialetica atualmente causa cada vez mais a dominaçao das instituicoes.
    Primeiro, tem as igrejas, intituiçoes que ja nao trazem mais a religiao e o sentido que a fé deveria produzir em cada um, elas só pregam dogmas ou "mandamentos" a serem seguidos sem possibilidade de discussao, como se o dito por elas fosse a unica "verdade". Mas que "verdade" é essa que costroi cada vez mais pessoas bitoladas e fechadas a essa unica realidade: a da instituicao - igreja.
    No caso das ciencias, questionar é algo raro, os professores nao possibilitam e ainda pressionam a minimizacao do questionamento. Nao só eles, mas principalmente a instituicao, que prega uma cultura literalmente morna, para nao dizer morta, sem discussoes, sem pensamento critico; cultivando a alienacao de cada cabeça que entra nas faculdades, para que nao se enxergue alem do que eles acham ser necessario. Materias que deveriam incentivar a argumentacao, o debate, sao minimazadas pelo descredito quea propria instituicao lhes da!
    É triste, mas Marx estava certo ao dizer que o centro de explicacao disso é estarmos em uma sociedade hierarquizada em que ideologias sao criadas para manter a dominação, e o nosso Direito cumpre seu papel nesse meio, já que cada vez mais é ele um instrumento de seleçao de classes. E enquanto as classe dominadas nao acordarem para tudo isso, e comecarem a reconstituir a dialetica e questionar uma unica "verdade" que no dia-a-dia somos incentivados a cultivar, continuaremos fehcados ao ciclo de dominaçao que restringe nossa liberdade de pensamento e açao.

    "DIALETICA, precisamos resgatá-la!"

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  12. quem domina a lógica do sistema também domina e direciona os seus interesses de formas claras e evidentes, não aceitando qualquer tipo de questionamento. Questionar, do ponto de vista de quem domina, é um crime. As coisas são complicadas num Estado autoritário, facista. Além de questionamento, eu busco muito a liberdade!!

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